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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Museu do Desporto será inaugurado hoje - objectivo cumprido.

http://www.portugal.gov.pt/pt/os-ministerios/ministro-adjunto-e-dos-assuntos-parlamentares/mantenha-se-atualizado/20120712-museu-deporto-1.aspx

O Museu do Desporto vai ser inaugurado hoje.
Irei visitá-lo certamente, quanto mais não seja para ver o conceito museológico aplicado.
Que seja efectivamente espaço para todos os que se interessam pelo Desporto.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Rui Costa e um maravilhoso domingo para o desporto praticado por portugueses

Rui Costa, consagrou-se no passado domingo vencedor da Volta à Suiça em Bicicleta.
Considerada por muitos como a 4ª melhor prova a nível mundial do ciclismo de elites, foi Rui Costa, jovem de 25 anos,  o seu vencedor, que com uma inabalável vontade de vencer e ajudado pelo espanhol Valverde, seu colega de equipa, conseguiu um enorme feito.
Venceu a adversários de respeito e neste momento está classificado em 13º lugar no ranking dos melhores ciclistas mundiais.
Antes dos nossos governantes mandarem emigrar os jovens, muitos ciclistas portugueses já o haviam feito.
Tal emigração, resulta da morte lenta a que se assiste no ciclismo nacional, que não valoriza os seus praticantes, que não soube contornar as dificuldades financeiras das organizações de corridas, que não soube dialogar com os intervenientes e que continua em termos de formação de base àquem do apoio necessário.
Neste domingo, o ciclismo esteve em evidência com Rui Costa vencedor da Volta à Suiça, mas também com  o 4º lugar do Bruno Manuel Pires na Eslovénia,  a camisola da montanha do Nelson Oliveira na Holanda e no BTT com  o 6º lugar do Luis Leão Pinto no Campeonato da Europa.
Será mérito de um país? È sobretudo o mérito individual de tais desportistas.
Esteve pois de parabéns a prática do desporto feita por portugueses.
Curiosamente o Presidente da Federação a que pertencem tais praticantes não se pronunciou sobre estas excelentes prestações, ao contrário de outras situações em que é o primeiro a falar.
Num país em que o desporto parece reduzir-se ao futebol, a imprensa mais uma vez não deu o devido destaque a tais feitos...o que mudaria de figura se a notícia fosse dopagem, ou outra face negra do desporto.
Mas o que importa é dar os parabéns a estes desportistas e dizer: Obrigada!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Um texto para ler e guardar

Padre Rui Valério, Patriarcado de Lisboa

O campeonato europeu de futebol já está a ser pretexto para o constante ribombar do tema nos media, e não só. Ainda no domingo, enquanto tomava o pequeno-almoço na esplanada dum café, fui testemunha duma evasiva ressaca do 1-3 contra a Turquia: um grupo de adeptos que no sábado tinha estado na Luz juntava a cada nome de jogador da “nossa seleção” epítetos que eu pensava serem reservados exclusivamente aos adversários; e não adversários de última hora, de série “c”, acabados de chegar. Não. Mas adversários de topo, daqueles que só nomeá-los já nos põe a dizer coisas feias. E assim vai ser pelas próximas semanas.
Ora se o futebol é o prato forte do repasto, ele não irá ser servido sozinho, mas vai acompanhado dum vinho fora do vulgar… amargo, já azedo… que é a crise. A crise do deficit, do desemprego, da inflação… Continuaremos a receber notícias que tão depressa dão um ar de sua graça, encorajador, como novamente nos mergulham no já habitual desânimo (para não dizer apatia).

E, como já diziam os antigos na sua reconhecida sabedoria, “uma desgraça nunca vem só”, acresce que também o futebol vai dando provas de estar perfeitamente enquadrado no tipo de sociedade que produz os seus problemas económicos, sociais e humanos a partir de problemas graves existentes no âmbito da ética, da moral, da justiça e do direito. Problemas que estão relacionados com uma gama de contravalores, como os egoísmos exacerbados, o culto do lucro fácil, etc. (Veja-se o último escândalo de combinação de resultados ocorrido em Itália). Tudo isto nos remete para uma questão decisiva: que possui o futebol (e o desporto em geral) para continuar a arrastar multidões (não obstante os “casos” que vão sendo conhecidos)? Será que a retórica das emoções explica tudo?

Pessoalmente, sou da opinião de que uma pista onde se corre, ou uma estrada onde se pedala, ou um campo onde se joga são – continuam a ser – lugares da verdade e da justiça. Da verdade, porque ali vem sempre ao de cima o que um atleta é e vale. Certo, pode sempre dar-se o caso de haver recurso e uso às substâncias farmacológicas. Sim, pode acontecer! No entanto, a verdade de que falamos, a que é verdade profunda, pode nem vir expressa nos resultados, ou nem sequer se mostrar na história do jogo, ou da prova. No entanto, ela continua a estar presente. E mesmo quando não se revela nos resultados, acaba por se revelar na consciência de quem assiste ou participa. É este dado que continua a mover o fascínio pelo desporto, mesmo em tempo de “crise”: o evento desportivo liberta o sentido da verdade e da justiça, presentes nos campos da consciência individual e coletiva. Repito, falamos da verdade e da justiça que está inscrita na consciência de cada um e, mesmo quando não se compatibiliza com as pseudoverdades e pseudojustiças das provas, não demove o cidadão de acreditar na força da verdade e da justiça gravadas dentro de si. É por isso que, nesta nossa época em que a crise de valores suscitou a crise económica, humana, social e também desportiva, os cidadãos continuam a acreditar no desporto. Esta crença não é ingenuidade, é sim o sinal de como a pessoa é – continua a ser – a pátria da verdade e da justiça. Mesmo quando essa verdade e justiça já tiverem desertado dos campos de futebol, ou das pistas e das estradas de provas desportivas.

Padre Rui Valério
Patriarcado de Lisboa
 

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Entre a ilusão, a desilusão ou a alienação...vão com Deus!

A nossa Selecção Nacional parte hoje para o seu estágio e participação no Euro2012.
Depois do empate com a Macedónia e a derrota com a Turquia, resultam evidentes algumas fragilidades na nossa selecção.
Num grupo extremamente difícil, não vislumbro facilidades para a passagem à fase seguinte do Euro 2012.
Este pré-estágio em Óbidos não foi mais do que um arraial ou melhor, uma feira de vaidades, em que os jogadores evidenciaram os enormes "cachets" que auferem nos seus clubes, quer pelos veículos em que se deslocam, quer pelas suas malas e bagagens que ilustram bens as " griffes" que podem comprar.
Foram também exibidos os seus caprichos: LCD's e Playstations 3, mesas de ping-pong e tudo com umas boas folgas pelo meio, com idas à discoteca, refeições em restaurantes da moda e claro as festas que cada estação televisiva organizou de recepção aos jogadores, com muitas criancinhas, muitos idosos, muita música pimba e Portugal no seu melhor.
Depois da música, depois da festa, depois da derrota com a Turquia, as assobiadelas do descontentamento....
Creio que o Povo fica sempre na esperança de uma boa exibição para esquecer os problemas do seu país. Aliena-se no futebol, para esquecer a crise, o desemprego, a insatisfação e frustração que reina.
 Eu espero ver bom futebol, eu não espero nada da Selecção.
Também não tenciono assobiar.
Apenas espero que façam o seu trabalho, da melhor forma, que orgulhem quem não tem salários como os seus, quem não tem acesso ao nível de vida que os jogadores exibem e que depois regressem com a certeza do dever cumprido. Ide com Deus!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A proposta de lei do PS para a criação do Tribunal Arbitral do Desporto

http://app.parlamento.pt/webutils/docs/doc.doc?path=6148523063446f764c3246795a5868774d546f334e7a67774c325276593342734c576c756156684a5358526c65433977616d77794d7a597457456c4a4c6d527659773d3d&fich=pjl236-XII.doc&Inline=true

Segue supra, a proposta de lei do PS para a criação do Tribunal Arbitral do Desporto - uma proposta de tribunal apenas para amigos....

Porquê a admissão de árbitros por designação e não por concurso?

Ambas as propostas, quer do PS quer do Governo, estão desde logo inquinadas ....teremos mais uma coutada para os amigos dos amigos, para as boutiques de direito desportivo das sociedades de advogados, para os de sempre se perpetuarem no poder.
Senhores deputados tenham bom senso!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

O Tribunal Arbitral do Desporto - Proposta de lei - Uma primeira abordagem

Proposta de Lei para a criação do Tribunal Arbitral do Desporto português

O governo vai avançar com o Tribunal Arbitral, uma das três tarefas propostas pelo Secretário de Estado para o seu mandato.
Segue infra o link, onde se pode ler a proposta de lei ( ou a proposta da proposta...).
Numa leitura rápida, duas questões:
a) Quanto à arbitragem necessária, onde entra o apoio judiciário para quem não tem meios económicos para recorrer ao TAD?
b) Não se vislumbra o modo de recrutamento dos árbitros. Continuaremos pelo método de designação ou vingará o acesso pelo mérito?
( Se alguém conhecedor me puder esclarecer....agradeço)
http://www.apdd.pt/admin/manage/files/files/legislacao/eng/Proposta%20TAD.pdf

terça-feira, 22 de maio de 2012

A nova lei antidopagem - percursos

A nova lei antidopagem proposta pelo Governo.
  *Uma cronologia:*
  Proposta de Lei 53/XII Aprova a Lei Antidopagem no Desporto, adotando na Ordem Jurídica Interna as regras estabelecidas no Código Mundial Antidopagem e revogando a Lei n.º 27/2009, de 19 de Junho.
Autoria
Autor: Governo
2012-04-12 | Entrada
2012-04-13 | Admissão
2012-04-13 | Anúncio
2012-04-14 | Publicação [DAR II série A Nº.162/XII/1 2012.04.14 (pág. 11-39)]
2012-04-13 | Baixa comissão distribuição inicial generalidade Obs: conexão com a 1:º Comissão Comissão de Educação, Ciência e Cultura - Comissão competente
2012-05-04 | Discussão generalidade
2012-05-04 | Votação na generalidade
Votação na Reunião Plenária nº. 105 Aprovado A Favor: PSD, CDS-PP Abstenção: PS, PCP, BE, PEV
2012-05-04 | Baixa comissão especialidade Comissão de Educação, Ciência e Cultura - Comissão competente
*A proposta de Lei*

http://app.parlamento.pt/webutils/docs/doc.doc?path=6148523063446f764c3246795a5868774d546f334e7a67774c325276593342734c576c756156684a5358526c65433977634777314d79315953556b755a47396a&fich=ppl53-XII.doc&Inline=true


Como é discutida a Lei




Da minha ausência

A pedido de leitor interessado naquilo que escrevo, o que se diga, me surpreendeu e lisonjeou, regresso aqui ao meu blog, cuja actividade se caracteriza pela inconstância e falta de periodicidade. De certa forma, fui assolada por uma grande desilusão sobre o direito que se faz relacionado com o desporto. Com o desporto não me desiludo, ele é motivo para alegrias, tristezas, é algo presente no meu dia-a-dia, não na vertente da prática do mesmo, mas no interesse que o mesmo ocupa, seja que modalidade for, seja praticado de forma profissional ou amadora ou falsamente amadora. O certo é que no âmbito profissional da actividade da advocacia, se ao nível internacional consegui um resultado jurídico excelente na defesa de um cliente, sem outro tipo de interferências, a não ser a discussão de conceitos jurídicos e apreciação de elementos de prova, ao nível interno tenho assistido à continuidade da má aplicação do direito em termos disciplinares. Não tenho dúvidas que a Justiça Desportiva aplicada em muitas Federações, é tendenciosa, pouco qualificada e isenta. Sendo os processos disciplinares, entregues a um instrutor, como se justifica, que recorrendo-se a um Conselho Jurisdicional da decisão de um Conselho Disciplinar, venha o instrutor, assinar a decisão de não aceitação do recurso, mandando-o desentranhar, por exemplo. Como se pode aceitar que um inquérito, ultrapasse todos os prazos razoáveis e sem qualquer justificação para tal demora? Na verdade, o que se pode esperar de uma Justiça, composta por jovens membros, que nem sabem o que é a vida, nem conhecem a modalidade sobre a qual versam os assuntos e que por questões sabe-se lá de quê, passam a fazer parte de um Conselho Jurisdicional ou Disciplinar ou contratados por um qualquer presidente de uma Federação para ser instrutor, ficando este grato e subserviente a quem tão boa oportunidade lhe deu? È pois pouco credivel, razoável, justo, honesto e ajuridico, o que se passa em termos disciplinares em muitas Federações. E se, como muito bem defende o Secretário de Estado, alegando a autonomia das mesmas,  sendo conhecedor das pechas existentes, utilizasse o legítimo poder de fiscalizar o que é feito por aquelas Federações, ou até de organismos sob a sua tutela. Não se pode olvidar, que o Estado delegando nas Federações ou outros Organismos poderes que lhe competem, colocando nessas mesmas Federações e Organismos verbas públicas, deverá questionar essas mesmas entidades sobre a sua actividade, mormente a que se relaciona com aquele núcleo importante de temas, como sejam a violência no desporto, a dopagem, a corrupção.... Desta forma, regresso pois a este blog, por diversos motivos. De facto, remetendo-me ao silêncio e à desilusão que me assolou, estou a negar em mim, uma das minhas virtudes( para alguns) e um dos meus defeitos( para muitos): dizer o que há para se dizer, sem receio algum...sou o que sou, não estou agarrada a qualquer cargo e as minhas ideias não andam ao sabor de um qualquer interesse, a não ser um profundo sentido de Justiça e a busca da boa aplicação das leis e do Direito. Alguém me diz, que essa atitude é inconveniente e eu tenho consciência disso, todavia, vivo do meu trabalho, levo a vida por diante, sem esperar benesses, nem honrarias e acreditando que a minha intervenção, quanto mais não seja,  agita as consciências pesadas. Regresso pois à escrita, e face a acontecimentos recentes, voltarei a um tema que me é caro: A Lei 27/2009 de 19 de Junho.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A decisão do TAS - Alberto Contador

Hoje saiu a tão desejada decisão sobre o caso que opunha a AMA e a UCI ao ciclista Alberto Contador.
Sem tempo para ler a decisão com atenção, parece que o Tribunal Arbitral do Desporto, não condenou com base no pedido da AMA e UCI, mas terá condenado noutra possibilidade de dopagem, para justificar a existência de Clembuterol.
Tal decisão foi, pelas reacções nos jornais espanhois e pelas diversas páginas da Internet, absolutamente surpreendente.
Curiosamente, não é para mim.
Aliás, parece que as soluções surpreendentes passam pelas considerações tecidas pelo Laboratório de Colónia, questionando-me sempre porque podendo o TAS pedir outras opiniões, não se dirige aos restantes Laboratórios - receio pela fiabilidade ou infiabilidade dos outros laboratórios, receio pelas considerações cientificas contrárias....
A retroactividade da pena é questionável para todos, igualmente para mim não é.
Curioso é o facto de dois dos mesmos árbitros terem retroagido a pena de suspensão para o passado, alegando em sentença de um caso em que participei, que tal situação não poderia ser aplicada analógicamente para outros casos...mas passados dois anos, a retroactividade aplicou-se.
Voltarei ao assunto, do mero ponto de vista jurídico, pois desportivamente, é indiferente o resultado a que se chegou: para os aficionados quem ganhou foi Contador, ou seja, fica para Schleck a obrigação de vencer na estrada e ganhar a notoriedade, porque vitórias na secretaria, ninguém quer.
Esta questão não acaba só aqui: a UCI em comunicado, já questiona a continuidade da equipa de Contador, por não ter os pontos necessários para fazer parte da grande irmandade que é o Pro-Tour...outras questões, outras polémicas....
A procissão vai no adro...

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Parece que um dos três objectivos vai mesmo ser concretizado

Museu Nacional do Desporto criado com doações dos clubes
por Lusa Ontem

O novo Museu Nacional do Desporto vai começar a funcionar em Lisboa, no primeiro semestre de 2012, reunindo o atual espólio desportivo público e doações dos clubes, anunciou hoje o secretário de Estado do Desporto.

"É necessário que também ao nível do desporto tenhamos acesso à investigação para depois termos conhecimento. O conhecimento também produz riqueza e empregos", justificou Alexandre Mestre, acrescentando que paralelamente será criada, como apoio, uma Biblioteca Nacional do Desporto.

Segundo o governante, o novo museu vai funcionar em Lisboa, no Palácio Foz, Restauradores, e está aberto à doação de troféus e equipamentos por parte de todos os clubes nacionais, nas várias modalidades, que já estão a ser contactados pela secretaria de Estado do Desporto e da Juventude.

À margem de uma visita oficial a Viana do Castelo, Alexandre Mestre acrescentou que a coleção do museu será ainda constituída pelo acervo público que estava depositado no Complexo Desportivo da Lapa, espaço que desde 2009 "já nem pertencia ao Estado".

"Tinha uma piscina por baixo, em condições climatéricas muito más para a preservação desse acervo. Tivemos rapidamente que o ir recuperar e evitar que se deteriorasse, demonstrando o interesse público", explicou. O propósito será tornar o novo espaço visitável, como ponto de atração "para dar a conhecer o passado glorioso do desporto" nacional, garantiu ainda.


Noticia da Lusa de ontem

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Em nome do pai - Um amor que parte mas não morre

No dia 26 de Dezembro de 2011 partiu para junto do Senhor o meu pai - Isidoro de Oliveira Albino.
È com saudade e com tristeza que lhe presto esta minha homenagem.
Só ele faz quebrar o meu silêncio e a pausa que fiz no escrevinhar deste blogue.
Decorridos dois meses e meio do diagnóstico fatal - cancro das vias biliares - o meu pai perdeu na luta contra a doença.
Era um homem que amava a vida e o desporto.
Foi ciclista na sua juventude e envergou as cores do Sporting e do Bombarralense, mais tarde, dinamizou durante algumas épocas, equipas de ciclismo amador, com o patrocínio da sua firma e algumas outras marcas.
Fez parte dos orgãos sociais da Associação de Ciclismo de Lisboa e foi comissário regional de ciclismo.
Ainda jovem, partiu para Africa - Moçambique - onde cumpriu serviço administrativo na Marinha.
Foi funcionário da administração pública, mais tarde funcionário de uma empresa de tintas - Pintex , até que em Abril de 1974 se estabeleceu por conta própria na sua Drogaria Malhangalene.
A independência de Moçambique trouxe-o de volta a Portugal em Agosto de 1976.
Deixou o seu património, teve que arregaçar mangas,sem nada e com a ajuda da minha mãe, que era enfermeira, comprou um trespasse de uma mercearia, para em 1977 fundar com um seu antigo concorrente em Moçambique uma empresa em Torres Vedras - a " Polifer", onde se dedicou ao comércio de tintas e afins, a sua área de predilecção.
Lutaram e prosperaram.
Viveu intensamente a sua vida, por vezes com excesso, mas sempre com uma honestidade, determinação e espírito de iniciativa admiráveis.
Como filha, tive um pai exigente, mas em simultâneo alegre e brincalhão.
Via nos seus dois netos uma alegria imensa.
Partiu no conforto do lar, acompanhado por mim e pela sua companheira de quase 20 anos, com amor, tranquilidade e oração.
Agora, só posso testemunhar o meu amor por ele.
Até sempre, querido Pai.