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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Em nome do pai - Um amor que parte mas não morre

No dia 26 de Dezembro de 2011 partiu para junto do Senhor o meu pai - Isidoro de Oliveira Albino.
È com saudade e com tristeza que lhe presto esta minha homenagem.
Só ele faz quebrar o meu silêncio e a pausa que fiz no escrevinhar deste blogue.
Decorridos dois meses e meio do diagnóstico fatal - cancro das vias biliares - o meu pai perdeu na luta contra a doença.
Era um homem que amava a vida e o desporto.
Foi ciclista na sua juventude e envergou as cores do Sporting e do Bombarralense, mais tarde, dinamizou durante algumas épocas, equipas de ciclismo amador, com o patrocínio da sua firma e algumas outras marcas.
Fez parte dos orgãos sociais da Associação de Ciclismo de Lisboa e foi comissário regional de ciclismo.
Ainda jovem, partiu para Africa - Moçambique - onde cumpriu serviço administrativo na Marinha.
Foi funcionário da administração pública, mais tarde funcionário de uma empresa de tintas - Pintex , até que em Abril de 1974 se estabeleceu por conta própria na sua Drogaria Malhangalene.
A independência de Moçambique trouxe-o de volta a Portugal em Agosto de 1976.
Deixou o seu património, teve que arregaçar mangas,sem nada e com a ajuda da minha mãe, que era enfermeira, comprou um trespasse de uma mercearia, para em 1977 fundar com um seu antigo concorrente em Moçambique uma empresa em Torres Vedras - a " Polifer", onde se dedicou ao comércio de tintas e afins, a sua área de predilecção.
Lutaram e prosperaram.
Viveu intensamente a sua vida, por vezes com excesso, mas sempre com uma honestidade, determinação e espírito de iniciativa admiráveis.
Como filha, tive um pai exigente, mas em simultâneo alegre e brincalhão.
Via nos seus dois netos uma alegria imensa.
Partiu no conforto do lar, acompanhado por mim e pela sua companheira de quase 20 anos, com amor, tranquilidade e oração.
Agora, só posso testemunhar o meu amor por ele.
Até sempre, querido Pai.

1 comentário:

Armando Inocentes disse...

Só quem já passou pelo mesmo sabe o que significa perder um pai.

Sentidas condolências... e força para continuar.

Um abraço!